quarta-feira, novembro 14, 2007

(Poema) Deixa-me Sossegado

Deixa-me sossegado
saber que a decisão foi tua
saber que não foi precipitada
e que a verdade não ficou nua.

Deixa-me sossegado
saber que estás bem
saber que seguiste outro caminho
e que não ficaste refém.

Deixa-me sossegado
saber que de nada sentes falta
saber que afinal não te perdeste
e que estás com a moral alta.

Deixa-me sossegado
saber que te equilibraste
saber que nada ficou pendente
e que tudo minoraste.

Deixa-me sossegado
saber que nada ficou por dizer
saber que o amor já não atrai
e que já não há nada a fazer.

Deixa-me sossegado
saber que não era o homem certo
saber que não há amargura
e que não estarás por perto.

Deixa-me sossegado
saber que agora posso seguir um outro rumo,
trilhado em paz, sem um peso e um fio de prumo.

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