sexta-feira, novembro 23, 2007

(Dissertação) Momentos Decisivos

Por diversas vezes, as mudanças exteriores que se dão à nossa volta colocam-nos perante desafios ou encruzilhadas que nos obrigam a reavaliar o nosso rumo e a tomar decisões função das mudanças que se nos deparam.

Não raramente, essas avaliações colocam-nos perante a necessidade de ajustar os nossos caminhos, procurando formas alternativas de, mesmo assim, atingir os objectivos a que nos propusemos.

No entanto, aqui ou ali, as mudanças são de tal forma tão radicais, que colocam em causa o atingir dos mesmos, pelo menos com os meios e pessoas que tinhamos antes pensado.

A vida, por não ser estática e por não depender apenas de nós (porque envolve sempre terceiros), altera frequentemente várias variáveis que fogem ao nosso controlo.

E a reacção a todas estas mudanças coloca-nos por vezes perante momentos decisivos.

Momentos onde as nossas decisões farão certamente ajustar os nossos rumos por forma a continuar no caminho dos nossos objectivos iniciais, ou alterar de forma radical o resultado final.

Decisivos porque uma alteração ao resultado final esperado nos coloca definitivamente fora do caminho inicial e nos obriga, muitas vezes, a alterar os meios e os recursos no caminho que pretendemos nos leve ainda aos objectivos definidos, ou a estabelecer inclusivé novos objectivos, invalidando assim por completo todo o caminho construído até então.

São, em definitivo, momentos decisivos.

Não conheço pessoa que goste de ser colocada numa posição destas. Mas conheço pessoas que não se acobardam perante estes desafios e os encaram até como novas oportunidades que a vida nos dá para refinar objectivos iniciais.

Mesmo por obrigação, e se com a atitude certa, o refinar de objectivos pode ser visto como uma oportunidade de melhorar.

Ninguém escolhe as dificuldades (apesar de poderem ser semeadas ao longo da vida), as vicissitudes ou as desgraças que a vida nos impõe. Mas todos sabem que estão sempre sujeitos a elas, porque não há forma de as controlar.

Assim, da mesma forma que os momentos decisivos são normalmente fruto de alterações externas, a maneira como reagimos às mesmas é fruto da nossa consistência interna.

E a nossa consistência interna assenta nas bases que fomos construindo dentro de nós ao longo da nossa vida.

Importa aqui perceber que o nosso carácter, a nossa força, a nossa resistência à adversidade, a nossa maturidade, a nossa atitude, a nossa postura e a nossa coragem serão chamadas a actuar e serão determinantes em cada momento decisivo.

E a solução encontrada para esse momento decisivo depende, na sua grande parte, das características de que somos feitos.

Trabalhemos então, todos os dias, a nossa base interior, porque aqui ou ali, ela será chamada a actuar e será determinante na construção de cada novo caminho.

Sempre acreditei que a mudança é uma dádiva da vida. Estejamos então bem preparados para ela.

1 comentário:

Chloé disse...

Amen!...porque não mais nada que possa dizer além de "belo texto"!