segunda-feira, setembro 29, 2008

(Pensamento) Verdadeira Felicidade

A verdadeira felicidade não advém de terceiros mas antes da forma como encaramos a vida.

Pressupõe sempre estarmos abertos a receber a energia que nos chega e a transmiti-la novamente para tudo o que nos rodeia.

(Poema) Princesinha

Por onde andas
Princesinha,
que não te encontro
no meu mundo?
Onde te escondes tu
para que eu te possa
procurar mais fundo?

Por onde andas
Princesinha,
que não te vejo
pelos lugares que passo?
Onde te encontras tu
para que eu te possa
dar um grande abraço?

(Pensamento) Valorização do Supérfluo

As coisas que por vezes julgamos não gostar no nosso companheiro ou companheira são mesmo muito relativas. Dependem até em grande parte das experiências e dificuldades por que já passamos.

É pelo passado entretanto vivido que ainda as valorizamos demais ou que já as relativizamos e anulamos mesmo a sua importância.

E é com esta experiência de vida que tornamos mais fácil ou mais complicada uma relação a dois.

quinta-feira, setembro 25, 2008

(Pensamento) Silêncios

Os silêncios também falam, a maior parte das vezes com clareza igual à das palavras.

quarta-feira, setembro 24, 2008

(Comentário) Resistir

Podemos não ser felizes. Mas mais importante ainda do que ser feliz é ter a capacidade de aguentar e resistir. Porque com esta capacidade sobrevivemos à infelicidade. E, tenhamos consciência, nem todos nasceram para serem felizes.

sábado, setembro 20, 2008

(Pensamento) Desistências

Não se desiste quando se é teimoso, não se desiste quando se é perseverante, mas também não se desiste quando se tem medo de perder.

E há que perceber sempre qual o motivo porque não queremos desistir.

(Pensamento) Amores

Sendo parte integrante e tendo até a sua importância, o aspecto da embalagem nunca foi suficiente.

(Comentário) Desistir

Quando vos disserem "amo-te, mas já não acredito" está na vossa hora de desistir. Porque não é possível amar sem acreditar.

(Pensamento) O Tempo do Amor

O amor não tem tempo. Não tem cedo nem tem tarde. Não tem muito menos o tarde demais. Não há tempo quando se ama porque o amor sempre foi intemporal.

quarta-feira, setembro 17, 2008

(Pensamento) Tentativas

Se de início não conseguires, tenta outra vez.

segunda-feira, setembro 15, 2008

(Dissertação) A Paz

Toda a nossa vida é regida por complexos equilíbrios, alguns deles correlacionados, o que torna ainda mais precária a harmonia desejada.

A paz é um desses equilíbrios e, de todos eles, o mais difícil de alcançar.

Em primeiro lugar, porque é muitas vezes resultado final de outros equilíbrios e por isso muito dependente de factores externos.

Depois, porque sempre foi necessária uma grande maturidade para que cada individuo possa ter a exacta noção dos factores de que depende a sua paz.

Apenas com maturidade é possível ir criando e aperfeiçoando um modelo seguro ou caminho para a paz.

É necessário também um enorme conhecimento interior e uma grande capacidade de auto análise e de reflexão (apenas possíveis através da maturidade), pois sem o dissecar do que somos, não é possível elencar os factores necessários para atingirmos a paz.

Para além da maturidade de que falei, importa também perceber que a clarividência com que vemos o que realmente importa nesta vida é outro dos aspectos que, ao lado da maturidade, vai influenciar a facilidade ou a dificuldade com que atingimos e mantemos a paz.

Todos sabemos que a vida contém desilusões, episódios tristes, dificuldades, injustiças e marginalidades e, ao percebermos o que é realmente importante para nós, teremos também a possibilidade de reorganizar internamente estes acontecimentos e de lhes retirar uma parte do peso e da sua importância negativa.

Abordamos então a maturidade e a clarividência como base fundamental para conseguirmos experimentar a paz. Olhemos para elas como características necessárias para a construção do caminho que nos leva até ela.

Convém também referir que entendo a paz não como uma sensação transitória, mas como um estado de espírito estável.

E a paz não pode ter uma decomposição universal, pois ela será certamente demasiado heterogénea aos olhos do universo humano.

Mas a paz tem uma linha própria. Uma linha com uma imensidão de itens. Aqui ficam alguns dos que considero mais importantes:

- Aceitem as vossas limitações, sejam elas físicas ou de outra ordem
- Aceitem a solidão exterior, mas cultivem a vossa companhia intelectual
- Afastem os sentimentos negativos, pois eles são corrosivos da alma
- Apreciem as diferenças nos vossos semelhantes, pois podem sempre aprender com elas
- Abram o vosso espírito ao novo e não o temam, pois vida é novidade
- Procurem sempre a harmonia, porque ela é como que o chão da paz
- Aceitem a derrota, mas procurem sempre melhorar
- Aceitem uma recusa, mas não se recusem a vós próprios
- Persigam os vossos sonhos, pois só assim terão uma vida com significado
e
- Ajudem quem hoje precisa, porque ajudar também faz bem à alma

Acrescentem a estes itens os vossos. Retirem alguns. Ficarão com o vosso guião para caminhar em direcção à paz.

Porque, por vezes, alcançar a paz pode ser mais fácil do que parece.

domingo, setembro 14, 2008

(Pensamento) Solidão

A solidão não se sente apenas quando se está só. Pode ser experimentada com companhia, porque apenas diz respeito ao nosso eu interior e à forma como este se sente acompanhado, compreendido e acarinhado.

(Comentário) Disposição

Há dias em que acordamos com uma disposição de fazer inveja a um pobre coitado.

(Dissertação) Insultos

Há insultos e insultos. Há insultos de todo o tipo. Há insultos motivados pela raiva, há insultos motivados pelo desespero, há insultos motivados pelo desequilíbrio ou insultos motivados pela precipitação.

Todos sabemos que o ser humano está longe da perfeição. Os melhores procuram-na, os piores não perdem tempo com ela.

A raiva, o desespero, o desequilíbrio momentâneo e a precipitação fazem parte dos defeitos que podemos atribuir ao Homem.

De uma forma ou de outra, todos nós acabamos por experimentar a desagradável sensação de qualquer um deles.

Mas, se por um lado não há forma de os evitar, o modo como nos portamos perante esta invasão do nosso espírito pode fazer toda a diferença. E, no limite do mal feito, ainda existe a explicação e a desculpa sentida. Porque os super heróis nunca existiram.

O insulto serve muitas vezes de escape à agressão do nosso espírito. E mesmo quando fundamentado, não deixa de parecer uma forma infeliz de actuar perante terceiros.

Há ainda outros insultos, motivados pela maldade.

Normalmente, estes últimos são pronunciados de forma totalmente gratuíta e com requintes de malvadez. Pretendem com eles fazer mossa e incomodar a paz de terceiros.

Na maior parte dos casos, estes insultos são perpetuados de forma anónima, tentando assim passar a ideia de que os mesmos podem vir de meio mundo à volta dos visados, ou seja, não só daqueles já reconhecidos como desequilibrados, mas também levantar a suspeita sobre todos os ditos normais.

Mas, nos casos em que os mesmos têm origem conhecida (porque também os há), o retorno das consequências não é normalmente medido antecipadamente pelo agressor.

E, da mesma forma que uma indumentária nos fornece pistas sobre a personalidade de uma pessoa, também os tipos de insultos as acabam por caracterizar.

Os insultos motivados pela maldade indicam normalmente o carácter da pessoa que os originou.

Curiosamente, acabam por quase nunca fazer mossa aos visados e por irremediavelmente votar ao isolamento os audazes de tamanha façanha.

E este isolamento passa pela necessária perda dos factores que nos fazem respeitar e admirar alguém.

Ponderação, equilíbrio, sentido de justiça, maturidade e compreensão são alguns deles.

Todo o mal tem um perdão. O insulto maldoso também. Mas não há perdão que permita neste caso reconstruir o respeito e a admiração.

sábado, setembro 13, 2008

(Comentário) Verdade

Chego a pensar que por vezes falar a verdade não compensa. Porque em determinadas circunstâncias, o preço que pagamos é elevado demais.

quarta-feira, setembro 10, 2008

(Pensamento) Tempo

Quando já não nos chegam as palavras temos de dar espaço para que as acções as possam vir a confirmar. É que enquanto as palavras são imediatas, as acções precisam de tempo.

(Pensamento) Realidade

A seu tempo, a realidade acaba sempre por superar a ficção.

(Pensamento) Verdades

Nem toda a verdade que importa é tangível e possível de ser medida. Na maior parte dos casos, o coração detém as outras.

(História) Carta de Um Apaixonado III

Partiste. E contigo levaste quase tudo de mim. Deixaste-me despido num mundo que já não conhecia. Estranho agora as sombras e os movimentos à minha volta. Nada me parece familiar. Até os caminhos que antes percorria, agora me parecem desconhecidos e sem recordação. Fiquei perdido, sem a tua mão.

Partiste. E dentro de mim pouco sobrou. Deixei de perceber o tempo, o espaço e a palavra. Tudo parece complicado e sem destino casual. Comprometo os compromissos por não me lembrar para que servem. Até os sonhos me abandonaram. Para nada há uma razão. O que antes parecia possível, ficou agora para lá da monção.

Partiste. E em mim nada ficou. Levaste-me a alegria, a esperança e a fé. Penso agora no que sou. No que sobrou. E não há substracto que me possa definir. Vejo-me num espelho que não mais me pertence. Nem os traços são meus, nem as cores me avivam a memória. Não percebo a acção. Não encontro motivação.

Partiste. E agora nada sou.

terça-feira, setembro 09, 2008

(Poema) O Cão Negro

Sai,
sai de dentro de mim,
deixa-me respirar um pouco
que eu não aguento mais assim.

Leva,
leva o que quiseres,
mas olha para outro lado
para que eu fique descansado.

(...quem me arranca os medos,
quem me devolve a magia
e quem me ouve os segredos?)

Não,
não penses que um dia desisto,
conheço-me bem demais
para saber que a tudo resisto.

Pára,
pára de me assustar,
gostava de sentir a paz
em vez de te ter de suportar.

(...quem me arranca os medos,
quem me devolve a magia
e quem me ouve os segredos?)

E vai,
vai maldito cão negro,
volta para de onde vieste
nesse teu tão triste degredo.

segunda-feira, setembro 08, 2008

(Comentário) Empresta-me Palavras

Empresta-me palavras tuas porque nas minhas já não acreditas. E o que existe cá dentro tem tanto de puro como de verdadeiro.

(Comentário) Preservar o Amor

Que nada destrua o amor. Nem outros, nem nós.

Ignoremos os mal intencionados e os invejosos. Ultrapassemos os nossos medos e as nossas inseguranças. Ajudemo-nos mutuamente nessa batalha. Criemos uma base de diálogo sustentada na verdade e na confiança. Preservemos os sonhos comuns. Criemos outros. Sejemos amigos e cúmplices.

Que ninguém destrua o amor. Nem outros, nem nós.

(Pensamento) Mudanças

Nem sempre as mudanças são fáceis. Algumas implicam até o abandono dos nossos sonhos mais lindos.

sábado, setembro 06, 2008

(Pensamento) Sózinhos

Na vida, e quando sózinhos, pouco mais de importante conseguimos fazer do que morrer.

sexta-feira, setembro 05, 2008

(Pensamento) Vida Feliz

A magia de uma vida feliz está muitas vezes na capacidade de vermos o outro muito para além dos seus defeitos.

quinta-feira, setembro 04, 2008

(História) Carta de Um Apaixonado II

Passo os minutos a tentar não pensar em ti. Distraio-me com os cavalos que me passam à porta. Mas até a sua esbelta silhueta me lembram os teus traços. Leio, pinto, toco e escrevo. E na parecença da minha distracção, tu não me sais da cabeça.

Pedes-me para não te enviar mais pergaminhos, mas é certo que a pena não me sai nunca da mão. Se me custa tanto não te enviar um agora mesmo, como farei então nos restantes dias que ainda me restam?

Que crueldade escolheu a vida para mim, amputando-me do meu sonho de menino?

Passo os dias sem saber como não pensar em ti. Peço a Deus para que sejam já poucos os dias que me separam de meu Pai. Já sabes que todo o meu reino de nada vale sem a tua presença.

E tudo o que foi construído, foi erguido pensando em nós. Todos os traços, desenhos, projectos e ensaios tiveram como pano de fundo o nosso amor. Perdi-me em concepções tempo demais. E paguei muito caro por isso. Não percebi que a tua visão da vida era bem mais simples.

E com tudo isto, não sei ainda como não pensar em ti. Porque todos os segundos do meu dia me são preenchidos contigo. Até Marte me conseguiu trair. O jantar de tempos idos não mais se repetiu. Mas a Lua guardou o nosso lugar. Ainda daqui o vejo, sem mais ninguém.

Como posso não pensar em ti, se tudo o que és faz parte de mim?

quarta-feira, setembro 03, 2008

(Pensamento) Curvas

Também nas curvas de um corpo alguns são capazes de encontrar momentaneamente a paz.

(História) Carta de Um Apaixonado I

Não saberei nunca dizer-te adeus... porque para despedida só conheço a morte. E tarde-demais não é palavra a que me tenha também habituado. Toda a minha vida foi suficientemente difícil para perceber que não podem haver tardes-demais, sob pena de nunca chegarmos a lado nenhum.

Também me lembro que todos os inventores perderam séculos a experimentar, falhar, aprender, pensar e tentar de novo. Para eles, não existia a palavra tarde-demais, da mesma forma que um Pai nunca desistia de um filho, por mais erros que cometesse ou dificuldades de crescimento que enfrentasse.

Pois para mim, o tarde-demais também não existe. Porque, na morte do dia anterior, renasce um novo, logo a seguir, e com a mesma esperança do que passou. Dá-nos as mesmas ferramentas para recriar, a mesma liberdade para alterar um rumo e a mesma facilidade para aprender.

Também nunca saberia dizer-te adeus. Porque hoje já fazes parte de mim, no meu todo universal. E sei que com isto arrisco a nunca mais poder viver de uma forma satisfatória. Mas, como todas as grandes experiências dos cientistas, nenhuma delas, enquanto experiência, lhes garante um resultado positivo no final.

Aliás, acho mesmo que um resultado positivo só pode ser garantido pela capacidade de não desistir. De perseguir, de mudar, de ajustar, de melhorar, sempre com um mesmo objectivo em vista.

Pois o meu objectivo és tu. Sim, tu. Porque a vida já fez mais de meio caminho e eu não encontrei mais ninguém com quem tanto gostasse de conversar. Parece pouco, mas não é. Porque a capacidade de conversar está na base de tudo o que é importante.

Assim, nunca te irei dizer adeus. E espero que um dia possas entender porque é que algumas pessoas não sabem desistir. Porque não podem. Apenas porque não podem. Porque do outro lado está o único fim de vida delas.

Tem tanto de simples como de assustador.

terça-feira, setembro 02, 2008

(Pensamento) Evolução

O que hoje, no nosso espírito, nos parece estar certo, amanhã poderá, com toda a certeza, estar errado.

segunda-feira, setembro 01, 2008

(Pensamento) Clarividências

Nem sempre uma nova clarividência nos permite recuperar, mas certamente que a mesma nos ajudará a melhorar.

(Poema) Fracção de Tempo

Uma fracção de tempo
pode evitar o mal
uma fracção de tempo
pode ser fatal
mas uma fracção de tempo
pode também ser intemporal.

Uma fracção de tempo
pode diferenciar
uma fracção de tempo
pode até matar
mas uma fracção de tempo
pode também acabar por salvar.

E eu,
eu quero a minha
fracção de tempo
para poder melhorar.