terça-feira, setembro 09, 2008

(Poema) O Cão Negro

Sai,
sai de dentro de mim,
deixa-me respirar um pouco
que eu não aguento mais assim.

Leva,
leva o que quiseres,
mas olha para outro lado
para que eu fique descansado.

(...quem me arranca os medos,
quem me devolve a magia
e quem me ouve os segredos?)

Não,
não penses que um dia desisto,
conheço-me bem demais
para saber que a tudo resisto.

Pára,
pára de me assustar,
gostava de sentir a paz
em vez de te ter de suportar.

(...quem me arranca os medos,
quem me devolve a magia
e quem me ouve os segredos?)

E vai,
vai maldito cão negro,
volta para de onde vieste
nesse teu tão triste degredo.

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