sábado, julho 28, 2007

(Poema) Caminho

Vamos juntos descobrir o caminho
para uma vida realmente mágica
e mesmo que o medo tome conta de ti
não temas, porque estarei sempre aqui.

Vamos juntos descobrir o caminho
cuidando bem de cada sentimento
e se eu te falar da minha solidão
abraça-me com força, junto do teu coração.

Vamos juntos descobrir o caminho
com esforço, humildade e paciência
e se descobrires tudo aquilo com que sonhei
escolhe apenas um, e faz dele a nossa lei.

Vamos juntos descobrir o caminho
com respeito pelas nossas diferenças
e quando aos teus olhos estiver velhinho
cuida de mim, com muito carinho.

Vamos juntos descobrir o caminho
para aquele lugar especial
e se um dia a minha mão te faltar
não me julgues, ensina-me a amar.

E ainda que teus planos sempre me incluam
e que estejas comigo até final dos dias,
vamos levantar os olhos devagarinho
porque vamos descobrir juntos o caminho.

segunda-feira, julho 23, 2007

(Poema) Quem És?

Quem és?
que me tira o sono, a tristeza,
o frio, a dôr e a fraqueza?

Quem és?
que me tira o medo, a desilusão,
a desconfiança, a lágrima e a agitação?

Quem és?
que me tira o choro, o acomodar,
a chuva, a inércia e o agonizar?

Quem és?
que me tira a pedra, a escuridão,
o preto, a nuvem e a destruição?

Quem és tu?
Princesa de luz,
dona do belo, do perfeito e do castelo?

Quem és tu?
fada do sonho,
dona do ideal, do tempo e do cardeal?

E quem és tu?
sereia do mar,
dona da pureza, da candura e da realeza?

E porque um dia
nossas mãos se tocaram,
nada mais será ilusão.
Hoje somos duas almas,
amanhã apenas um coração.

domingo, julho 22, 2007

(Pensamento) Anjos

Há anjos que nos guiam
e há anjos que nos ajudam...

mas há anjos, aqueles anjos,
que toda a nossa vida mudam.

Premonição?

sábado, julho 21, 2007

(Poema) Sonhos

Gostava que para tudo
existisse um início
e que nada fosse em vão,
um desperdício.

Gostava que as palavras
começassem a fazer sentido
contigo a meu lado,
comigo.

Gostava que todas as lágrimas
tivessem um propósito, um fim
por te saber ali,
por mim.

Gostava que os sorrisos
passassem a ter uma direcção
naquele lugar só teu,
no coração.

E gostava que todos os sonhos
se iniciassem apenas agora
para mim e para ti,
nesta hora.

(Poema) Dia do Fim

Sarem-se as feridas
porque o novo dia nasceu!
Arrumem-se os lenços
porque a dor antiga morreu!

Guardem o preto
porque o sol começou a brilhar!
Queimem o passado
porque uma fada está a chegar!

Encham o peito
porque nada mais vos atrofia!
Procurem o sorriso
porque vem aí alegria!

Saiam à rua
façam isso por mim,
levantem a voz
porque hoje é dia do fim!

(Poema) Quando as Palavras Faltam

É triste
quando já nada queremos falar
e quando deixamos tudo acabar.

É triste
quando não estás mais por mim
e quando já não me importo que seja assim.

É triste
quando tudo parece doer
e quando tudo começa a morrer.

É triste
quando sobre nós erguemos um muro
e quando com ele matamos o futuro.

E é triste
quando as lágrimas já não saltam
e quando até já as palavras faltam.

terça-feira, julho 17, 2007

(Poema) No Tempo dos Segredos

No tempo em que as palavras se sussurravam,
lentamente, escondidas num quase silenciar...

No tempo em que as mãos se tocavam,
suavemente, protegidas pela luz do luar...

No tempo em que os corpos se amavam,
calmamente, num profundo abraçar...

No tempo em que tudo era tão perfeito,
consequente, leve e belo como o mar.

Eu vivi... sim, eu já vivi,
no tempo dos segredos.

sábado, julho 14, 2007

(Poema) Cansado

Cansado...
da desilusão
da inoperância
da impotência
da ingratidão.

Cansado...
da injustiça
da ignorância
da prepotência
da preguiça.

Cansado...
da discussão
da palavra
do silêncio
da solidão.

Cansado...
da compaixão
da mulher
do sonho
da ilusão.

Cansado.

(Poema) Silêncio

Silêncio... sempre o silêncio,
sem a palavra, sem o berro
e sem a discussão.

Silêncio... sempre o silêncio,
sem o diálogo, sem o acordo
e sem a expressão.

Silêncio... sempre o silêncio,
sem o grito, sem a controvérsia
e sem a opinião.

Silêncio... ainda o silêncio,
sem o som, sem a pronúncia
e sem a entoação.

Apenas o silêncio.
Haverá desprezo maior para oferecer?

quinta-feira, julho 12, 2007

(Pensamento) Na Tua Mão

Lembra sempre que a tua vida
é das poucas coisas que realmente está na tua mão,
pensa mesmo que como poucas coisas neste mundo estão.

quarta-feira, julho 11, 2007

(Poema) Humanismo

Penso muito...
coisas perdidas...
soltas, sem ligação.

Vejo-me num mar...
repleto de ideias...
loucas, sem razão.

Queria sair...
esvaziar o mundo...
todo, sem compaixão.

Voarei um dia
para longe do pragmatismo,
serei apenas sonho,
ideal e humanismo.

segunda-feira, julho 09, 2007

(Poema) O Escolhido

Pensei-te luz, côr e luar
procurei um sinal de ti,
imaginei-te num sorriso
que quero acreditar já o vi.

Senti a tua respiração
e o cheiro do teu perfume,
perdi noites para te criar
num quente e brando lume.

Vi teu sorriso e teu olhar
concebidos pela minha ilusão,
espero agora o nosso encontro
e a nossa noite de paixão.

Eis que finalmente chegaste
e aqui te quero sempre por perto,
pois eu sou aquele, o Escolhido
para saberes se te sou o certo.

sábado, julho 07, 2007

(Pensamento) Incapacidades II

Estamos incapazes quando para nós tudo já é problema e fardo pesado.

Estamos incapazes quando não sentimos vontade de ultrapassar quaisquer dificuldades ou obstáculos.

Estamos incapazes quando tudo o que é pequeno se transforma em restrição.

As incapacidades são sempre evitáveis com a atitude certa. Cabe apenas a nós mesmos não nos deixarmos cair nelas.

quarta-feira, julho 04, 2007

(Poema) Pintura de Palavras

Pedi-te um texto
porque teu dom tem lápis e papel,
mas dizes-me que apenas desenhas
com cores suaves, em tons pastel.

Chamas-me de intenso e expressivo
dizes que pinto com as vogais
e que com a pena a que dou uso
dou corpo à alma dos demais.

Sei-te requintada e bonita
como a tua fonte de inspiração,
acabaste por desenhar-me o texto
com um lindo lápis de carvão.

Longe pelo mar
trocamos ideias ousadas,
dominamos a tinta e as letras
juntando as peças procuradas.

E aqui nos cruzamos,
nesta pintura de palavras.

terça-feira, julho 03, 2007

(Poema) Que Fizeste Tu?

Que fizeste tu?
Às fadas, aos princípes e às princesas,
às sereias e aos cavalos brancos armados?
Aos castelos, aos coches e às nobrezas,
aos unicórnios e aos doendes verdes achados?

Que fizeste tu?
À terra, ao sol e ao mar,
ao arco-íris e ao brilho da constelação?
À praia, à maresia e ao luar,
a marte, às estrelas e a plutão?

Que fizeste tu?
Aos sonhos, aos ideais e à emoção,
aos cuidados e ao dever de ali estar?
Aos sentimentos, à crença e à paixão,
às carícias e à benção de um olhar?

Que fizeste tu?