Queria poder desenhar
a minha vida ideal,
queria poder moldá-la
com traços de água e sal.
Sei de cor como ela é
e até os pequenos detalhes sei,
poderia hoje pintá-la toda
com as letras que sempre usei.
Dá-lhes um rasgo de luz
para que percebam quem eu sou,
e deixa-me usar as minhas tintas
para lhes mostrar para onde vou.
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1 comentário:
Humm..vida ideal!...não há!
...o arquitecto acabou de projectar a casa ideal.
...o pintor acabou de pintar a tela ideal.
...o escultor acabou de produzir a obra ideal.
...o escritor acabou de escrever o livro ideal.
...o poeta acabou de fazer o poema ideal.
No final,
o arquitecto vai viver para a casa que projectou...
o pintor observa a tela que pintou...
o escultor aprecia a obra que produziu...
o escritor lê o livro que escreveu...
o poeta sente o poema que escreveu...
Ambos pensam que se fosse hoje, não o faziam da mesma forma, alteravam sempre alguma coisa...
Em suma, o ideal não existe e ainda bem.
Só assim é que percebemos que podemos, sempre, superar as expectativas e melhorar o que de melhor fazemos...
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