terça-feira, janeiro 01, 2008

(Poema) Devagar, Devagarinho

Devagar, devagarinho
vou largando o meu sonho,
aquele que de lindo
apenas tinha a ilusão,
porque para tudo o resto
não tinha sequer condição.

Devagar, devagarinho
vou sentindo o seu final,
aquele que já fora
anunciado vezes demais,
porque de alguma forma
eu sabia terem sido fatais.

Devagar, devagarinho
vou descobrindo outro caminho,
aquele que me leva
para junto do que é meu,
porque eu sempre soube
que algo para trás não morreu.

Devagar, devagarinho
vou apagando as minhas memórias,
aquelas que nos atam
na tristeza das recordações,
porque eu hoje sei
que a minha vida são apenas quatro corações.

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