quinta-feira, junho 21, 2007

(História) Uma Estrela no Céu

Numa terra distante, existente num mundo paralelo ao nosso, vivia um pequeno menino.

Seu corpo habitava a cidade cosmopolita, mas sua alma continuava ligada ao mundo paralelo onde nasceu.

O menino era um menino diferente. Diziam-no todas as pessoas que com ele partilhavam vida no mundo terreno.

Tinha herdado de seu Pai, naquela terra distante, caraterísticas que outros teimavam em chamar de raras e muitas vezes de únicas.

Hoje era dono de uma sensibilidade fora do comum, orientada para os sentidos: para a visão, para o olfacto, para o tacto e para a audição.

Possuía também o dom da palavra, consequência do ser espiritual e intelectual em que se tornara e efeito do legado deixado pelo seu Pai.

Era um ser altruísta: vivia grande parte do tempo para outros, orientando o seu esforço sempre em benefício de terceiros.

Todos o consideravam uma pessoa justa e imparcial e por isso o procuravam de forma constante para ouvir a sua opinião.

Distinguia bem os positivos efeitos imediatístas de uma decisão errada, dos seguros efeitos no longo prazo de todas as decisões acertadas e por este motivo o classificavam como visionário.

Previligiava os diálogos, as actividades músicais, o desporto, a literatura e as artes.

Mas parte da sua vida mundana era passada de acordo com as conformidades e necessidades instituídas pela sociedade que vigorava.

Usava a predominância espiritual e intelectual para colocar magia em todos os campos mais físicos da sua vida. Não imaginava uma qualquer actividade física sem que a mesma fosse controlada pela parte espiritual.

Para ele, a parte física era a parte visível da sua espiritualidade e intelectualidade e como tal um seu reflexo.

Mas nesse seu outro mundo, era um menino muito só. Apesar de querido, admirado e cobiçado no universo feminino, a barreira entre os dois mundos sempre pareceu inviolável.

O menino foi crescendo e em mais de quarenta relações nunca encontrou alguém que conseguisse transpôr aquela barreira, entre o mundo que era apenas dele e o mundo dos mortais.

Aos poucos, foi percebendo então que não estava escrito no seu destino o encontro com a sua verdadeira Princesa.

À imagem do Pai, a sua vida tinha sido resgatada por alguém superior para que pudesse servir um propósito maior: viver em benefício de terceiros.

E assim, tal como o destino tinha traçado, aquele menino, agora Homem, passou a orientar a sua imensa luz na direcção de todos os que o rodeavam, procurando guiá-los na descoberta da alegria, da paz, da tranquilidade e do amor.

Ganhou o menino, agora Homem, e ganhou o mundo mais uma estrela no céu.

1 comentário:

Anónimo disse...

Os anjos existem...e as princesas também...se o menino transborda amor só pode atrair amor! Há um provérbio canadense que diz: "Onde Deus lhe plantou (junto de quem precisa), é aí que deve dar flores".