quarta-feira, março 05, 2008

(Comentário) Sempre Julguei

Sempre julguei o nosso amor como um amor para toda a vida... porque eramos feitos um para o outro.

Sempre julguei o nosso acreditar como a alavanca necessária para ultrapassar todas as dificuldades... porque já tinhamos passado por tanto.

Sempre julguei o nosso diálogo como o motor de uma relação que se queria perdurasse para sempre... porque ninguém se entende tão bem como nós a falar.

Sempre julguei o que fomos construindo como a base onde assenta toda a vida futura... porque foi construída a dois, com igual vontade e empenho.

Percebi agora que as pessoas também desistem, deixam de acreditar, não ajudam, criam desanimos, baixam a cabeça e não lutam quando deveriam.

Percebi agora que nem todos os amores perduram eternamente, nem todas as vontades são suficientemente fortes, nem todas as promessas são mesmo para cumprir e nem todas as mãos nos agarram e guiam para sempre.

Mas também percebi agora que até este é um direito básico que assiste a qualquer ser humano: o de mudar o seu rumo, de forma unilateral.

As minhas utopias não mudam o mundo.

Nem sequer o meu.

1 comentário:

Anónimo disse...

As utopias não mudam o mundo... mas algumas alcançamos em voos rasantes (deixam de ser utopias!!)... e o mundo fica tão lindo!