Numa terra distante, existente num mundo paralelo ao nosso, vivia um pequeno menino.
Seu corpo habitava a cidade cosmopolita, mas sua alma continuava ligada ao mundo paralelo onde nasceu.
O menino era um menino diferente. Diziam-no todas as pessoas que com ele partilhavam vida no mundo terreno.
Tinha herdado de seu Pai, naquela terra distante, caraterísticas que outros teimavam em chamar de raras e muitas vezes de únicas.
Hoje era dono de uma sensibilidade fora do comum, orientada para os sentidos: para a visão, para o olfacto, para o tacto e para a audição.
Possuía também o dom da palavra, consequência do ser espiritual e intelectual em que se tornara e efeito do legado deixado pelo seu Pai.
Era um ser altruísta: vivia grande parte do tempo para outros, orientando o seu esforço sempre em benefício de terceiros.
Todos o consideravam uma pessoa justa e imparcial e por isso o procuravam de forma constante para ouvir a sua opinião.
Distinguia bem os positivos efeitos imediatístas de uma decisão errada, dos seguros efeitos no longo prazo de todas as decisões acertadas e por este motivo o classificavam como visionário.
Previligiava os diálogos, as actividades músicais, o desporto, a literatura e as artes.
Mas parte da sua vida mundana era passada de acordo com as conformidades e necessidades instituídas pela sociedade que vigorava.
Usava a predominância espiritual e intelectual para colocar magia em todos os campos mais físicos da sua vida. Não imaginava uma qualquer actividade física sem que a mesma fosse controlada pela parte espiritual.
Para ele, a parte física era a parte visível da sua espiritualidade e intelectualidade e como tal um seu reflexo.
Mas nesse seu outro mundo, era um menino muito só. Apesar de querido, admirado e cobiçado no universo feminino, a barreira entre os dois mundos sempre pareceu inviolável.
O menino foi crescendo e em mais de quarenta relações nunca encontrou alguém que conseguisse transpôr aquela barreira, entre o mundo que era apenas dele e o mundo dos mortais.
Aos poucos, foi percebendo então que não estava escrito no seu destino o encontro com a sua verdadeira Princesa.
À imagem do Pai, a sua vida tinha sido resgatada por alguém superior para que pudesse servir um propósito maior: viver em benefício de terceiros.
E assim, tal como o destino tinha traçado, aquele menino, agora Homem, passou a orientar a sua imensa luz na direcção de todos os que o rodeavam, procurando guiá-los na descoberta da alegria, da paz, da tranquilidade e do amor.
Ganhou o menino, agora Homem, e ganhou o mundo mais uma estrela no céu.
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1 comentário:
Os anjos existem...e as princesas também...se o menino transborda amor só pode atrair amor! Há um provérbio canadense que diz: "Onde Deus lhe plantou (junto de quem precisa), é aí que deve dar flores".
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